1979
Em pé: Rosemiro, Gilmar, Beto Fuscão, Ivo, Polozzi e Soter.
Agachados: Amilton Rocha, Jorge Mendonça, Toninho, Pires e Ney.
Crédito: http://www.museudosesportes.com.br
Não é segredo pra ninguém que entre o fim dos anos 70 e o começo dos 80 o Flamengo/RJ montou uma das melhores equipes de toda a sua história. Não à toa, logo em 1980 o time da Gávea se sagrou campeão da Copa Libertadores da América e, pouco depois, também mundial interclubes. Daí que enfrentar Zico, Adílio, Júnior e demais feras algo pra lá de complicado.
Se o jogo fosse no Maracanã, então pior ainda. No palco-mor do futebol brasileiro, o mais popular time do Brasil era quase imbatível. Quase... Houve uma equipe, formada em sua maioria por jovens jogadores, que ousou não peitar, ma sim massacrar o todo-poderoso rubro-negro carioca.
E não foi num jogo qualquer, não. A partida era decisiva e valia uma vaga nas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1979. O Palmeiras, que também tinha uma equipe muito técnica, era respeitado, mas não merecedor de grandes apostas. Somente seus milhões de torcedores, atletas e, sobretudo, treinador acreditavam que seria possível voltar do Rio de Janeiro/RJ com a vaga garantida.
Talvez pelo clima de “já ganhou” que tomou conta de todos os flamenguistas, o desde sempre falastrão presidente Márcio Braga, numa de suas conhecidas e quase sempre imbecis atitudes visando motivar o time, saiu-se com esta na mídia. “O Palmeiras tem um bom time, mas seus jogadores são muito jovens. Com certeza, no momento em que virem o Maracanã, irão tremer”. Não contente, ainda exibiu algumas passagens de avião para Porto Alegre/RS onde, era certo, seu time enfrentaria o Internacional na luta por uma vaga na grande final daquele Brasileirão.
As palavras e o gesto de Braga mexeram com os brios dos nossos atletas. Assim, os cerca de 10 mil palmeirenses que enfrentaram a Via Dutra forma os primeiros a vibrar: logo aos 11 minutos, após ótima jogada de César pela esquerda, Jorge Mendonça só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes. O empate flamenguista veio aos 9 da etapa final, através de um pênalti pra lá de discutível sofrido e convertido por Zico.
Certo de que o Verdão, enfim, começaria a tremer, o Flamengo/RJ partiu com tudo para o ataque, mas quebrou a cara. Aos 26, Baroninho bateu falta rasteira da direita, o miolo de zaga carioca falhou feio e Carlos Alberto Seixas apareceu para completar. Na comemoração, uma leve sambadinha junto à linha lateral.
Desesperados, Zico e seus amigos foram como loucos em busca do empate, e abriram espaço aos contra-ataques palmeirenses. Assim, aos 31 Baroninho desceu pela esquerda, invadiu a grande área em diagonal e rolou para trás, onde o lateral-esquerdo Pedrinho chutou forte, sem chances para Cantarelli. O quarto e último gol mais uma veio numa jogada rápida de Baroninho, o melhor em campo: aos 45, ele recebeu de Pedrinho e cruzou para o meio da área, onde Zé Mário se antecipou a Manguito e tocou de cabeça: Palmeiras, 4 a 1.
Já nos vestiários, procurado pelos repórteres, o mais famoso e experiente jogador do Verdão, Jorge Mendonça, ironizou: “Não, não dá pra falar. Ainda estou tremendo de medo do Maracanã”. Enquanto isso, a torcida rubro-negra, que deixara o estádio logo após o terceiro gol palmeirense, xingava o presidente Márcio Braga.
Obs.: A título de informação histórica, vale lembrar que após aquele show Telê Santana foi convidado a dirigir a Seleção Brasileira.
Confira a ficha técnica da histórica partida:
Competição: Campeonato Brasileiro/1979
Jogo: Flamengo/RJ 1 x 4 Palmeiras
Data: 09/12/1979 - Horário: 17h00
Local: Estádio Mário Filho – Maracanã, no Rio de Janeiro/RJ
Público: 112.047 pagantes
Árbitro: Carlos Sérgio Rosa Martins/RS
Gols: Jorge Mendonça aos 11 minutos do primeiro tempo. Zico (de pênalti) aos 9, Carlos Alberto Seixas aos 26, Pedrinho aos 31 e Zé Mário aos 45 da etapa final.
Equipes
Flamengo/RJ – Cantarelli; Toninho Baiano, Manguito, Dequinha e Júnior; Carpegiani, Adílio (Beijoca) e Zico; Reinaldo (Carlos Henrique), Cláudio Adão e Tita.
Técnico: Cláudio Coutinho.
Palmeiras – Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão, Polozzi e Pedrinho; Pires, Mococa e Jorge Mendonça; Jorginho (Carlos Alberto Seixas), César (Zé Mário) e Baroninho.
Técnico: Telê Santana.
Cartão Vermelho: Beijoca (Flamengo).
Fonte: http://www.pontoverde.com.br/
Agachados: Amilton Rocha, Jorge Mendonça, Toninho, Pires e Ney.
Crédito: http://www.museudosesportes.com.br
Não é segredo pra ninguém que entre o fim dos anos 70 e o começo dos 80 o Flamengo/RJ montou uma das melhores equipes de toda a sua história. Não à toa, logo em 1980 o time da Gávea se sagrou campeão da Copa Libertadores da América e, pouco depois, também mundial interclubes. Daí que enfrentar Zico, Adílio, Júnior e demais feras algo pra lá de complicado.
Se o jogo fosse no Maracanã, então pior ainda. No palco-mor do futebol brasileiro, o mais popular time do Brasil era quase imbatível. Quase... Houve uma equipe, formada em sua maioria por jovens jogadores, que ousou não peitar, ma sim massacrar o todo-poderoso rubro-negro carioca.
E não foi num jogo qualquer, não. A partida era decisiva e valia uma vaga nas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1979. O Palmeiras, que também tinha uma equipe muito técnica, era respeitado, mas não merecedor de grandes apostas. Somente seus milhões de torcedores, atletas e, sobretudo, treinador acreditavam que seria possível voltar do Rio de Janeiro/RJ com a vaga garantida.
Talvez pelo clima de “já ganhou” que tomou conta de todos os flamenguistas, o desde sempre falastrão presidente Márcio Braga, numa de suas conhecidas e quase sempre imbecis atitudes visando motivar o time, saiu-se com esta na mídia. “O Palmeiras tem um bom time, mas seus jogadores são muito jovens. Com certeza, no momento em que virem o Maracanã, irão tremer”. Não contente, ainda exibiu algumas passagens de avião para Porto Alegre/RS onde, era certo, seu time enfrentaria o Internacional na luta por uma vaga na grande final daquele Brasileirão.
As palavras e o gesto de Braga mexeram com os brios dos nossos atletas. Assim, os cerca de 10 mil palmeirenses que enfrentaram a Via Dutra forma os primeiros a vibrar: logo aos 11 minutos, após ótima jogada de César pela esquerda, Jorge Mendonça só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes. O empate flamenguista veio aos 9 da etapa final, através de um pênalti pra lá de discutível sofrido e convertido por Zico.
Certo de que o Verdão, enfim, começaria a tremer, o Flamengo/RJ partiu com tudo para o ataque, mas quebrou a cara. Aos 26, Baroninho bateu falta rasteira da direita, o miolo de zaga carioca falhou feio e Carlos Alberto Seixas apareceu para completar. Na comemoração, uma leve sambadinha junto à linha lateral.
Desesperados, Zico e seus amigos foram como loucos em busca do empate, e abriram espaço aos contra-ataques palmeirenses. Assim, aos 31 Baroninho desceu pela esquerda, invadiu a grande área em diagonal e rolou para trás, onde o lateral-esquerdo Pedrinho chutou forte, sem chances para Cantarelli. O quarto e último gol mais uma veio numa jogada rápida de Baroninho, o melhor em campo: aos 45, ele recebeu de Pedrinho e cruzou para o meio da área, onde Zé Mário se antecipou a Manguito e tocou de cabeça: Palmeiras, 4 a 1.
Já nos vestiários, procurado pelos repórteres, o mais famoso e experiente jogador do Verdão, Jorge Mendonça, ironizou: “Não, não dá pra falar. Ainda estou tremendo de medo do Maracanã”. Enquanto isso, a torcida rubro-negra, que deixara o estádio logo após o terceiro gol palmeirense, xingava o presidente Márcio Braga.
Obs.: A título de informação histórica, vale lembrar que após aquele show Telê Santana foi convidado a dirigir a Seleção Brasileira.
Confira a ficha técnica da histórica partida:
Competição: Campeonato Brasileiro/1979
Jogo: Flamengo/RJ 1 x 4 Palmeiras
Data: 09/12/1979 - Horário: 17h00
Local: Estádio Mário Filho – Maracanã, no Rio de Janeiro/RJ
Público: 112.047 pagantes
Árbitro: Carlos Sérgio Rosa Martins/RS
Gols: Jorge Mendonça aos 11 minutos do primeiro tempo. Zico (de pênalti) aos 9, Carlos Alberto Seixas aos 26, Pedrinho aos 31 e Zé Mário aos 45 da etapa final.
Equipes
Flamengo/RJ – Cantarelli; Toninho Baiano, Manguito, Dequinha e Júnior; Carpegiani, Adílio (Beijoca) e Zico; Reinaldo (Carlos Henrique), Cláudio Adão e Tita.
Técnico: Cláudio Coutinho.
Palmeiras – Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão, Polozzi e Pedrinho; Pires, Mococa e Jorge Mendonça; Jorginho (Carlos Alberto Seixas), César (Zé Mário) e Baroninho.
Técnico: Telê Santana.
Cartão Vermelho: Beijoca (Flamengo).
Fonte: http://www.pontoverde.com.br/
Sou de 66 ma slembro me muito bem deste jogo, Palmeiras foi cirurgico esta ai calando o maraca.
ResponderExcluirEm 1978 fui em Mariclia com meu Pai Palmeiras jogou com quase este elenco e ganhou um amistoso cpontra o Mac por 5 a 1. abs