sábado, 5 de dezembro de 2009

Associação Ferroviária de Esportes



Nei, o menino de Nova Europa, chegou tímido para treinar na Ferroviária, em 1967, a convite do treinador de aspirantes Vail Mota. Logo, o torcedor teve um motivo para chegar mais cedo na Fonte e assistir a preliminar em que Nei entortava a defesa adversária e cruzava certinho para a grande área.

Aos 18 anos, Nei já atuava no time de cima, suprindo a ausência do Pio. E com a venda de Pio para o Palmeiras, Nei se firmou entre os titulares, sendo tricampeão do interior em 69, tendo atuação importante na conquista da Taça dos Invictos em 1971, além de ser destaque da Ferroviária no giro pela América Central em 68.

Marcar Nei não era tarefa fácil. Habilidoso, rápido, baixinho, escondia a bola e corria rente à lateral do campo, era ousado para driblar na grande área. Todas essas virtudes o levaram para o Parque Antártica em 1971, onde conseguiu títulos paulistas, nacionais e internacionais.

Uma das grandes atuações de Nei foi na vitória da Ferroviária em cima do campeão São Paulo, por 2 a 0, no dia 16 de agosto de 1970, na Fonte Luminosa com 10.865 torcedores, e renda de Cr$ 51.619,00. Gol de Muri e Nei.

A Ferroviária do técnico Vail Mota ganhou com Getúlio; Mariani, Fernando, Ticão e Fogueira; Muri, Zé Luís e Bazani; Nicanor, Lance e Nei.

O tricolor perdeu com Sérgio, Forlan, Eduardo, Roberto Dias e Gilberto Sorriso; Édson, Paulo e Gérson de Oliveira Nunes, Terto, Toninho Guerreiro e Paraná. Técnico: Zezé Moreira.

Grandes duelos
Nei e Zé Maria, Nei e Eurico, Nei e Pablo Forlan, Nei e Carlos Alberto Torres, de todos esses duelos o que mais se destacava era a marcação do uruguaio Pablo Forlan, um confronto entre a habilidade e a raça, a criatividade e a garra. Marcas na canela de Nei contam parte desses grandes duelos.

Segundo pesquisa do mestre Luís Marcelo Inaco Cirino, o menino de Nova Europa, que inclusive vestiu a camisa da seleção brasileira em quatro partidas, realizou 181 jogos envergando a gloriosa camisa 11 grená. Conseguindo 83 vitórias, 53 empates e amargou 43 derrotas. Marcou 23 gols pela Locomotiva no período de 1967 a 1971.

Em 1976, Nei enfrentou o União Soviética no Maracanã. O Brasil foi de Leão; Carlos Alberto, Amaral, Beto Fuscão e Marco Antônio; Givanildo (Falcão) e Rivelino Caçapava); Gil, Zico, Roberto Dinamite e Nei.

Em Araraquara, Nei reencontra amigos na festa do Paschoal
Todo fim de maio tem festa de aniversário da Sala Reminiscências Esportivas do colecionador de fotografias esportivas Paschoal Gonçalves da Rocha. Nei marca presença para rever amigos, bater papo com os fãs e receber troféu como ídolo da Ferroviária, do Palmeiras e da Seleção.

Por Tetê Viviani

Fonte: http://www.ferroviariasa.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário