sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

C.R.Flamengo


No dia 03 de Dezembro de 1978,num domingo, Flamengo e Vasco da Gama jogaram no Estádio do Maracanã pelo Campeonato Carioca e o time da Gávea levou a melhor ganhando por 1 tento a 0 com gol do Deus da Raça Rondinelli e conquistando o título estadual.

O Jogo
FLAMENGO (RJ) 1 X 0 VASCO DA GAMA (RJ)
Data : 03/12/1978
Campeonato Estadual
Local : Estádio Do Maracanã / Rio De Janeiro
Arbitro : José Roberto Wright
Público : 120.433
Gol : Rondinelli 42/2º
FLAMENGO: Cantarelli, Toninho, Rondinelli, Manguito, Júnior, Carpeggiani, Adílio, Zico, Marcinho, Tita (Alberto) e Cléber (Eli Carlos) / Técnico : Cláudio Coutinho
VASCO DA GAMA: Leão, Orlando, Abel, Gaúcho, Marco Antônio, Helinho, Guina, Paulo Roberto, Wilsinho (Paulo César), Roberto Dinamite e Ramon (Paulinho) / Técnico : Orlando Fantoni
Expulsão : Guina (Vasco) e Zico (Flamengo)

O Craque: Rondinelli
Rondinelli chegou ao Flamengo em 1974 e, após dois anos disputando posição, firmou-se como titular absoluto. Rondinelli era um zagueiro vigoroso, que não dava moleza para os adversários e estava disposto a fazer o possível e o impossível para evitar gols dos rivais. Zagueiro aguerrido, não existia bola perdida para Rondinelli, que, segundo Zico, foi o único jogador que ele viu dividir uma bola com cabeça. Tal fato aconteceu durante um Fla-Flu, quando Rondinelli usou a própria cabeça para retirar uma bola dos pés de Rivelino.

Porém, foi somente em 1978 que o nome de Rondinelli entrou definitivamente para história do clube. Na final do Campeonato Carioca contra o Vasco, em uma cobrança de escanteio a favor do Flamengo, aos 41 minutos do 2ºtempo, o zagueiro deu um pique do meio-de-campo até a área adversária e, com uma cabeçada que mais parecia um chute, marcou o gol do título rubro-negro.

Daí por diante, o jogador passou à condição de ídolo da torcida rubro-negra, que o imortalizou com o apelido de Deus da Raça. Depois do Flamengo, Rondinelli teve passagens discretas pelo Corinthians e Vasco e, em 1983, encerrou sua carreira no Bonsucesso.

Atualmente, o zagueiro vive em sua cidade natal, e faz questão de expressar seu amor pelo Clube também fora de campo: "Quando comecei a jogar pelo Flamengo, aprendi logo que quem veste essa camisa tem de motrar garra e amor à torcida, não importa a qualidade de seu futebol. Caso contrário, é melhor ir embora".

Dados de Rondinelli
Nome Completo: Antonio José Rondinelli Tobias
Dia do Nascimento: 26 de Junho de 1955
Nascimento: São José do Rio Pardo (SP)
Posição: Zagueiro
Número de Partidas pelo Flamengo: 406
Número de Gols: 12

Histórico
Anos Time
1971-1981 Flamengo
1982 Corinthians
1982 Vasco
1982-1983 Bonsucesso

Títulos
Flamengo
Campeonato Carioca: 1974, 1978, 1979, 1979 (Especial)
Taça Guanabara: 1978, 1979, 1980
Troféu Ramón de Carranza: 1979, 1980
Campeonato Brasileiro: 1980

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

São Paulo F.C.

1978
Em pé: Waldir Peres, Airton, Getúlio, Chicão, Marião e Bezerra
Agachados: Edu Bala, Teodoro, Serginho Chulapa, Dario Pereyra e Zé Sérgio.

Alfonso Darío Pereyra Bueno, começou sua carreira explêndida no Nacional de Montevidéu (Uruguai), com um futebol fora do normal, arrebentou, jogou o fino da bola, com uma qualidade extraordinária, o então meia armador do time do Nacional, foi convocado para a seleção uruguaia, um ano depois ele era titular absoluto e capitão da Celeste Olímpica.

Darío era um jogador aplicado taticamente, que se dedicava e fazia tudo com perfeição, ídolo da torcida do Nacional, por sua força física aliada a sua tecnica soberana, o jogador era conhecido por sua garra, raça e entrega dentro de campo. Tanta qualidade chamou atenção do SPFC, que fez o possível para a contratar essa jóia rara, mas se você acha que foi uma negociação tranquila, se enganou redondamente, demorou simplesmente um ano e meio (é isso mesmo, você não leu errado) para o jogador ser anunciado pelo time paulistano. Para convencer a Diretoria do time Uruguaio, a diretoria tricolor deve que dar uma boa limpada no cofre, afinal o preço pelo craque foram incríves 5 milhões de Cruzeiros, uma valor astronômico na época, tanto que foi a segunda contratação mais cara da história do futebol brasileiro naquela época.

Darío chegou ao tricolor no dia 17 de Outubro de 1977, foi recebido com festa no aeroporto de congonhas, mas quase deixou o tricolor em dezembro, pois o Real Madrid veio com um caminhão de dinheiro para levar o uruguaio, mas o jogador não foi por não ter vontade de jogar na Espanha.

Todos confiavam que seria uma sensacional contratação, pois o Uruguai já tinha nos cedido um meia de qualidade inquestionável, Pedro Rocha, a expectativa era enorme, sua estréia com o manto tricolor foi no dia em 11 de dezembro, contra o Internacional, em pleno Beira Rio, o São Paulo passou o carro no Inter por 4 a 1, O uruguaio deixou uma impressão excelente, não só pela sua atuação dentro de campo, mas também pelo seu comportamento no primeiro tempo, quando ainda estava no banco de reservas. Quando Teodoro abriu o placar, tanto o árbitro como o bandeirinha demoraram para apitar o gol, o que gerou uma breve tensão no banco são-paulino, quebrada rapidamente pelos berros de Darío: “Fue gol! Qué pasa? Nadie grita gol aquí? Fue gol! Goooool!.

Mas seu primeiro ano no tricolor não foi tão bom quanto os são paulinos esperavam, alem de não render muito bem na armação, quando jogava de volante tambem não ia bem, Darío teve uma sequência de contusões, que o prejudicou nos primeiros anos, mas a torcida tricolor foi paciente (bons tempos aquele que a torcida era paciente) pois já tinha visto um filme bem parecido com o de Darío: Pedro Rocha passou pelo mesmo problema, e arregaçou depois.

Darío chegou ao São Paulo em 1977 e logo em seu primeiro ano de futebol nacional conquistou um título importante: o Brasileirão (o São Paulo venceu o Atlético Mineiro, nos pênaltis, por 3 a 2, no Mineirão).

A consagração como zagueiro aconteceu em 1980, quando o então tecnico Carlos Alberto Silva, precisou improvisar Darío Pereyra na zaga, pois o time estava desfalcado, o jogo contra a Ponte Preta, a imprensa na época se assustou, mas o tecnico tricolor saibia o que estava fazendo, pois o jogador jogou algumas partidas como zagueiro na seleção Uruguaia e no Nacional; resultado da improviso? Dario foi um dos melhores em campo e foi ficando, ficando, ficando na zaga e se tornou o monstro sagrado que todos apladem até hoje. Ah, só pra constar, o tricolor foi campeão paulista de 1980.

Dario Pereyra formou uma dupla de zaga, que é uma das mais lembradas na história do São Paulo, Dario junto com Oscar, foram ovacionados por torcedores, imprensa e historiadores do futebol, por ter muita classe, precisão e qualidade.

O craque uruguaio jogou até 1988, depois rodou por Flamengo, Palmeiras e finalizou sua carreira em 1992 no time japones Gamba Osaka que na época se chamava Matsushita Eletronic; não podemos esquecer que o zagueiro Uruguaio jogou uma copa do mundo em 1986 no México.

Clubes
Nacional do Uruguai: 1975-1977
São Paulo: 1977-1988 (451 jogos, 38 gols)
Flamengo: 1988 (12 jogos, 0 gol)
Palmeiras: 1989 (32 jogos, 1 gol)
Matsushita Electronic atual Gambá Osaka do Japão: 1990-1992

Títulos
Campeonato Uruguaio: 1976
Campeonato Brasileiro: 1977 e 1986
Campeonato Paulista: 1980, 1981, 1985 e 1987
Matsushita Electronic - JAP
Copa do Imperador: 1990

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

C.R.Vasco da Gama


Em pé: Ita, Joel, Brito, Maranhão, Barbosinha e Dario
Agachados: Sabará, Viladonega, Saulzinho, Lorico e Ronaldo.

Equipe vascaína Campeã Invicta do Torneio Pentagonal do México de 1963

Campanha
10-jan-1963 1x0 América (MÉXICO) / Saulzinho
17-jan-1963 5x0 El Oro (MÉXICO) / Maranhão, Lorico, Sabará, Villadoniga, Saulzinho Ronaldo
20-jan-1963 1x1 Guadalajara (MÉXICO) / Ronaldo
31-jan-1963 1x1 Dukla Praha (REPÚBLICA TCHECA) / Mário

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Coritiba F.C.


Em pé: Paulo Vecchio, Berto, Joel, Nico, Modesto e Nilo;
Agachados: Oromar, Lucas, Paquito, Krüger e Nilson

1969


CORITIBA(PR) 1 X 1 GRÊMIO(RS)

Data: 27/02/1966
Amistoso Estadual
Local: Estádio Belfort Duarte (Curitiba)
Árbitro : Flávio Caverlini
Gols: João Severiano (31/2) Krüger (44/2)
CORITIBA : Erol; Reis (Viví), Nico, Bequinha e Antero; Lucas e Pepê (Fiúza); Oromar (Tião), Moreira (Orlando), Krüger e Gauchinho /Técnico : Félix Magno.
GRÊMIO : Arlindo; Altemir, Aírton, Áureo e Ortunho; Cléo e Sérgio Lopes; Vieira (Paulo Lumumba), Alcindo, João Severiano e Volmir.
Obs: Estréia de Kruger

CORITIBA (PR) 2 X 4 BOTAFOGO(RJ)
Data: 30 / 03 / 1947
Amistoso Estadual
Local: Curitiba (PR)
Árbitro: Ataíde Santos
Gols: Izaltino (2), Limoeiro e Tim ; César e Belmonte
Árbitro: Ataíde Santos
BOTAFOGO: Osvaldo Baliza (Ary), Carvallo e Sarno; Rubinho (Ivan), Nílton Senra e Juvenal; Santo Cristo, Limoeiro, Geninho, Tim e Izaltino.
CORITIBA: Nivaldo, Fedato e Renê; Tonico, Cartola e Adão; Belmonte, Merline, César, Gouveia e Paulinho.

CORITIBA(PR) 5 X 0 ATLÉTICO(PR)
Data: 17/09/1967
Campeonato Paranaense
Local : Estádio Durival Brito (Curitiba)
Árbitro: Orlando Stival
Gols : Krüger (01/1) Wálter (04/1) Krüger (20/1) Davi (10/2) Édson (30/2)
CORITIBA : Zeferino; Viví, Berto, Nico e Reis; Hugo (Otavinho) e Lucas; Daví, Krüger, Wálter e Édson . Técnico : Adão Plínio
ATLÉTICO : Barbosa (Nílson); Zig, Charrão, Tito e Amaurí; Zeni e Alfredo; Raimundinho, Ivan (Dida), Vermelho e Gasparim / Técnico : Nivaldo Gouveia

CORITIBA(PR) 0 X 1 SÃO PAULO(SP)
Data: 26/11/1967
Amistoso Estadual
Local : Estádio Vitorino Gonçalves Dias / Londrina
Gol: Edwil (27/2)
Árbitro: Édson Pinheiro Campos
CORITIBA : Joel; Viví, Nico, Berto e Reis; Hugo e Lucas; Oromar, Wálter, Krüger e Édson (Gauchinho). Técnico : Adão Plínio.
SÃO PAULO : Neneca; Washington, Pulcinelli, Sebastião e Jaú; Rubens e Clóvis; Antonio Paulo (Passarinho), Tatá, Edwil e Jurandir .

PALMEIRAS(SP) 7 x 4 Coritiba(PR)
Data: 02/02/1957
Amistoso Estadual
Local: Estádio do Pacaembu
Gols: Renatinho (2), Nardo (2), Valdemar Carabina, Ney e Antoninho; Ivo (2), Guimarães e Miltinho
Árbitro: Vladimir Alexandrov
PALMEIRAS: Laércio; Ismael e Milton; Valdemar Carabina, Joel e Gérsio Passadori; Juarez (Renatinho), Nardo (Antoninho), Fernando (Ney), Ivan (Nestor) e Colombo.Técnico: Ventura Cambon.
CORITIBA: Hamilton (Erol); Fedato e Carazai; Márcio, Bequinha e Guimarães; China (William), Miltinho, Ivo, Duílio e Ronaldo.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

São Paulo F.C.

1955
Em pé: Alfredo Ramos, De Sordi, Poy, Clélio, Bauer, Vitor Paulada e o mordomo Serrone. Agachados: Haroldo, Dino Sani, Gino, Remo e Teixeirinha.
Crédito: Blog do Milton Neves

Foi no São Paulo que Dino Sani começou a mostrar para todos o que era capaz. Tinha começado nos juvenis do Palmeiras. Não se sabe porquê, o pessoal do Parque Antártica o deixou sair. Foi parar no Comercial. Logo estava no São Paulo. Poucos jogadores tiveram tanta intimidade com a bola. Com quem podemos comparar o seu estilo hoje em dia? Vários nomes atuais passam pela minha cabeça: não vejo nenhum. Vou encontrar no passado: Zizinho, com quem Dino jogou no Tricolor e foi campeão paulista.

A bola humilhada, custava a deixar seus pés. Mesmo que ela não chegasse de frente, Dino encontrava um jeito de ir buscá-la, com o lado externo do pé, mostrando a infiel onde era o seu lugar. Esse fascínio lúdico tornava-se um espetáculo particular. Nenhum assistente queria que ela largasse o pé do amo. Havia o temor de ela ser maltratada adiante. Que ficasse ali os noventa minutos. Essa dependência da bola em relação a Dino custou-lhe o lugar de titular da Seleção, em plena Copa da Suécia. Os outros também queriam brincar com o redondo artefato. Zito, que tinha um jeito mais eficiente e de quem a bola não era escrava, tomou-lhe o lugar.

Ora, o que diferencia o futebol dos demais esportes é o fascínio pelo domínio da bola. Pode-se argumentar que no basquete também há o domínio da bola. Mas é um domínio com as mãos. Qualquer um, desde pequeno, pode dominar a bola com as mãos. Isso se aprende. Quero ver com os pés, com o lado dos pés. E não estou falando de circo ou de exibidores de controle, que se apresentam no intervalo dos jogos. Esses estão sozinhos com a bola. Só podem perdê-la para eles mesmos. Com Dino era diferente. Todos queriam tomá-la. E Dino não deixava. Escondia o brinquedo dos adversários e, dizem as más línguas, dos companheiros também.
O grande craque exibiu seu talento na Argentina, com a camisa do Boca, e na Itália, formando no campeoníssimo Milan. Voltou ao Brasil, fazendo companhia a outro jovem mestre, Rivelino. O Corinthians passou a ser o melhor time do Brasil. Mesmo não abocanhando títulos, o time era tão bom, que o apelido Timão se firmou nessa época. Enganam-se aqueles que pensam que Timão tem a ver com o escudo do time. Mera coincidência. Virou Timão porque tinha Dino Sani e seu explosivo escudeiro Rivelino.

Dino Sani nasceu em São Paulo no dia 23 de maio de 1932.
Foi campeão mundial em 1958
Campeão paulista em 1957 pelo São Paulo
Campeão italiano em 1962
Campeão europeu em 1963 pelo Milan.