sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

São Paulo F.C.

1978
Em pé: Waldir Peres, Airton, Getúlio, Chicão, Marião e Bezerra
Agachados: Edu Bala, Teodoro, Serginho Chulapa, Dario Pereyra e Zé Sérgio.

Alfonso Darío Pereyra Bueno, começou sua carreira explêndida no Nacional de Montevidéu (Uruguai), com um futebol fora do normal, arrebentou, jogou o fino da bola, com uma qualidade extraordinária, o então meia armador do time do Nacional, foi convocado para a seleção uruguaia, um ano depois ele era titular absoluto e capitão da Celeste Olímpica.

Darío era um jogador aplicado taticamente, que se dedicava e fazia tudo com perfeição, ídolo da torcida do Nacional, por sua força física aliada a sua tecnica soberana, o jogador era conhecido por sua garra, raça e entrega dentro de campo. Tanta qualidade chamou atenção do SPFC, que fez o possível para a contratar essa jóia rara, mas se você acha que foi uma negociação tranquila, se enganou redondamente, demorou simplesmente um ano e meio (é isso mesmo, você não leu errado) para o jogador ser anunciado pelo time paulistano. Para convencer a Diretoria do time Uruguaio, a diretoria tricolor deve que dar uma boa limpada no cofre, afinal o preço pelo craque foram incríves 5 milhões de Cruzeiros, uma valor astronômico na época, tanto que foi a segunda contratação mais cara da história do futebol brasileiro naquela época.

Darío chegou ao tricolor no dia 17 de Outubro de 1977, foi recebido com festa no aeroporto de congonhas, mas quase deixou o tricolor em dezembro, pois o Real Madrid veio com um caminhão de dinheiro para levar o uruguaio, mas o jogador não foi por não ter vontade de jogar na Espanha.

Todos confiavam que seria uma sensacional contratação, pois o Uruguai já tinha nos cedido um meia de qualidade inquestionável, Pedro Rocha, a expectativa era enorme, sua estréia com o manto tricolor foi no dia em 11 de dezembro, contra o Internacional, em pleno Beira Rio, o São Paulo passou o carro no Inter por 4 a 1, O uruguaio deixou uma impressão excelente, não só pela sua atuação dentro de campo, mas também pelo seu comportamento no primeiro tempo, quando ainda estava no banco de reservas. Quando Teodoro abriu o placar, tanto o árbitro como o bandeirinha demoraram para apitar o gol, o que gerou uma breve tensão no banco são-paulino, quebrada rapidamente pelos berros de Darío: “Fue gol! Qué pasa? Nadie grita gol aquí? Fue gol! Goooool!.

Mas seu primeiro ano no tricolor não foi tão bom quanto os são paulinos esperavam, alem de não render muito bem na armação, quando jogava de volante tambem não ia bem, Darío teve uma sequência de contusões, que o prejudicou nos primeiros anos, mas a torcida tricolor foi paciente (bons tempos aquele que a torcida era paciente) pois já tinha visto um filme bem parecido com o de Darío: Pedro Rocha passou pelo mesmo problema, e arregaçou depois.

Darío chegou ao São Paulo em 1977 e logo em seu primeiro ano de futebol nacional conquistou um título importante: o Brasileirão (o São Paulo venceu o Atlético Mineiro, nos pênaltis, por 3 a 2, no Mineirão).

A consagração como zagueiro aconteceu em 1980, quando o então tecnico Carlos Alberto Silva, precisou improvisar Darío Pereyra na zaga, pois o time estava desfalcado, o jogo contra a Ponte Preta, a imprensa na época se assustou, mas o tecnico tricolor saibia o que estava fazendo, pois o jogador jogou algumas partidas como zagueiro na seleção Uruguaia e no Nacional; resultado da improviso? Dario foi um dos melhores em campo e foi ficando, ficando, ficando na zaga e se tornou o monstro sagrado que todos apladem até hoje. Ah, só pra constar, o tricolor foi campeão paulista de 1980.

Dario Pereyra formou uma dupla de zaga, que é uma das mais lembradas na história do São Paulo, Dario junto com Oscar, foram ovacionados por torcedores, imprensa e historiadores do futebol, por ter muita classe, precisão e qualidade.

O craque uruguaio jogou até 1988, depois rodou por Flamengo, Palmeiras e finalizou sua carreira em 1992 no time japones Gamba Osaka que na época se chamava Matsushita Eletronic; não podemos esquecer que o zagueiro Uruguaio jogou uma copa do mundo em 1986 no México.

Clubes
Nacional do Uruguai: 1975-1977
São Paulo: 1977-1988 (451 jogos, 38 gols)
Flamengo: 1988 (12 jogos, 0 gol)
Palmeiras: 1989 (32 jogos, 1 gol)
Matsushita Electronic atual Gambá Osaka do Japão: 1990-1992

Títulos
Campeonato Uruguaio: 1976
Campeonato Brasileiro: 1977 e 1986
Campeonato Paulista: 1980, 1981, 1985 e 1987
Matsushita Electronic - JAP
Copa do Imperador: 1990

Um comentário:

  1. Este poster qque voce postou trata-se do jogo do Sao Paulo 1x0 Palmeiras na semi finais do campeonato paulista de 1978 gol marcado por Serginho no ultimo minuto da prorrogaçao e levou o Sao Paulo as finais contra o Santos

    Rubens Fabretti
    email rfabretti@ig.com.br

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