Esquadrão portugues que tirou o 3º lugar na Eurocopa 2000
Crédito: fpf.skyrock.com/
Em cima: Quim - Abel Xavier - Dimas - Fernando Couto - Vitor Baía - Luis Figo - Rui Costa - Jorge Costa - Pedro Espinha.
Ao meio: Vidigal -Beto - Agostinho Oliveira (Treinador Nacional) - Silvino (Treinador de Guarda-Redes ) - Rui Caçador (Treinador Nacional) - Humberto Coelho (Seleccionador Nacional) - Adelino Teixeira (Treinador Nacional) - José Augusto (Preparador Físico) - Nuno Gomes - Costinha.
Em baixo: Paulo Bento - Capucho - João Pinto - Sá Pinto - Sérgio Conceição - Secretário - Paulo Sousa - Pauleta - Rui Bento.
A fase final do Campeonato da Europa de 2000, disputada entre 10 de Junho e 2 de Julho, na Bélgica e na Holanda, ficou assinalada pela excelente prestação da Selecção Nacional de Portugal. O terceiro lugar conquistado sabe a pouco e deixa mesmo um travo de injustiça perante tudo quanto de bom foi mostrado pela equipa portuguesa e a forma como acabou por ser eliminada nas meias-finais do torneio. O que fica para a História é, ainda assim, um feito extraordinário, um terceiro lugar numa competição do mais alto nível, igualando o que acontecera no Campeonato do Mundo de 1966 e no Campeonato da Europa de 1984, este então disputado por 8 selecções finalistas. Conseguir um terceiro lugar naquele que foi, unanimemente, considerado como «o melhor Europeu de sempre», é algo que só pode deixar todos os portugueses orgulhosos da sua Selecção Nacional. O percurso de Portugal no EURO 2000 não podia ter sido mais emocionante.
Há que recuar a 9 de Outubro de 1999 para recordar a primeira grande alegria. Nesse dia Portugal necessitava de vencer a Hungria por 3-0 para garantir a qualificação como melhor segundo classificado de todos os 9 grupos de apuramento e foi isso mesmo que aconteceu. Mas nada se compararia ao que de tão bonito se viveu no mês de Junho de 2000 na Holanda.
A 12 de Junho, em Eindhoven, a estreia no EURO 2000 foi perante a Inglaterra. As coisas não podiam ter começado pior pois aos 18 minutos Portugal perdia por 0-2. Um susto que, para os mais velhos, fez recordar o que se passara em 1966 frente à Coreia do Norte, quando Portugal se encontrou a perder por 0-3. Mas se em 1966 a recuperação teve um protagonista - Eusébio e os seus quatro golos - desta vez foi toda a equipa a fazer as delícias dos portugueses. Luis Figo marcou o primeiro golo de Portugal (e foi eleito «Homem do Jogo» pelos peritos da UEFA), abrindo o caminho para os tentos de João Pinto e Nuno Gomes. Foi, seguramente, um dos mais brilhantes jogos de sempre da Selecção Nacional, dando o mote para o que seria um EURO 2000 quase de sonho. O próprio Eusébio reconheceu, após o jogo com a Inglaterra, que «este feito foi mais importante que o 5-3 frente à Coreia».
O adversário seguinte, a 17 de Junho, em Arnhem, foi a Roménia, que confirmou ser o mais complicado para o estilo de jogo português. Depois de um encontro muito tactico e equilibrado, foi preciso esperar pelo último minuto para Costinha fazer o golo do triunfo, que garantiu a passagem aos quartos-de-final e o primeiro lugar no Grupo A. Neste encontro Fernando Couto foi o galardoado com o prémio «Homem do Jogo».
O terceiro encontro, a 20 de Junho, em Roterdão, mostrou que a Selecção Nacional tinha 22 jogadores do mais alto nível. O Seleccionador Nacional, Humberto Coelho, utilizou apenas dois jogadores que alinharam de início nos encontros anteriores (Fernando Couto e Jorge Costa), dando oportunidade aos demais de mostrar o seu valor. E de que forma o fizeram! A Alemanha, que necessitava de vencer para alimentar esperanças de passar á fase seguinte, foi subjugada de forma clara e indiscutível. Sérgio Conceição foi o «Homem do Jogo» ao marcar o primeiro «hat-trick» do EURO 2000. Portugal concluiu, assim, o Grupo A com três vitórias, 7 golos marcados e 2 sofridos, afastando da prova «apenas» a Inglaterra e a Alemanha, detentora do título.
Nos quartos-de-final, Portugal defrontou a Turquia e à semelhança do que acontecera quatro anos antes, frente à República Checa, a pressão sobre a Selecção Nacional era grande. Depois da brilhante prestação nos encontros anteriores, quase se exigia a vitória portuguesa ante um adversário teoricamente de menor gabarito. No dia 24 de Junho, no ArenA de Amesterdão, Portugal voltou a mostrar classe e determinação para chegar à vitória, que foi mais complicada de conseguir do que o 2-0 final pode dar a entender. A Turquia nunca deixou de ser um adversário perigoso, mesmo quando passou a jogar com apenas 10 homens, por expulsão de Altay. Nuno Gomes e Vitor Baía foram dois dos protagonistas do jogo, o primeiro pelos dois golos da vitória, o segundo por ter defendido uma grande penalidade a segundos do intervalo marcada por Arif. Mas o «Homem do Jogo» para a UEFA voltou a ser Luis Figo, que assim conseguiu o seu segundo troféu individual na prova.
Passada a barreira dos quartos-de-final, Portugal encontrava-se entre as quatro melhores selecções do EURO 2000, por inteiro mérito e colhendo os elogios gerais. O adversário das meias-finais era a França, campeã do Mundo em título, que apresentava uma equipa considerada ainda mais forte que aquela que vencera o Brasil dois anos antes. O jogo disputou-se a 28 de Junho, em Bruxelas, e acabou num autêntico pesadelo para Portugal. Nuno Gomes marcou o seu quarto golo da prova, após jogada de Sérgio Conceição, mas a sorte do jogo não acompanhou Portugal daí para a frente. A França empatou pouco depois do intervalo e no último minuto Abel Xavier viu o guardião gaulês negar-lhe o golo que daria o triunfo à Selecção Nacional. Depois, no prolongamento, aconteceu o episódio da grande penalidade assinalada pelo árbitro auxiliar por suposta «mão» de Abel Xavier. Zidane fez o «golo de ouro» que apurou a França e deixou Portugal às portas do seu maior feito de sempre no futebol internacional. Os incidentes registados com a equipa de arbitragem (e posteriores castigos aplicados a Abel Xavier, Nuno Gomes e Paulo Bento), não podem apagar a imagem deixada até então pela Selecção Nacional. No EURO 2000, Portugal foi uma Selecção ganhadora, que jogou um futebol de ataque, conquistou a admiração e o respeito do público europeu.
Ao meio: Vidigal -Beto - Agostinho Oliveira (Treinador Nacional) - Silvino (Treinador de Guarda-Redes ) - Rui Caçador (Treinador Nacional) - Humberto Coelho (Seleccionador Nacional) - Adelino Teixeira (Treinador Nacional) - José Augusto (Preparador Físico) - Nuno Gomes - Costinha.
Em baixo: Paulo Bento - Capucho - João Pinto - Sá Pinto - Sérgio Conceição - Secretário - Paulo Sousa - Pauleta - Rui Bento.
A fase final do Campeonato da Europa de 2000, disputada entre 10 de Junho e 2 de Julho, na Bélgica e na Holanda, ficou assinalada pela excelente prestação da Selecção Nacional de Portugal. O terceiro lugar conquistado sabe a pouco e deixa mesmo um travo de injustiça perante tudo quanto de bom foi mostrado pela equipa portuguesa e a forma como acabou por ser eliminada nas meias-finais do torneio. O que fica para a História é, ainda assim, um feito extraordinário, um terceiro lugar numa competição do mais alto nível, igualando o que acontecera no Campeonato do Mundo de 1966 e no Campeonato da Europa de 1984, este então disputado por 8 selecções finalistas. Conseguir um terceiro lugar naquele que foi, unanimemente, considerado como «o melhor Europeu de sempre», é algo que só pode deixar todos os portugueses orgulhosos da sua Selecção Nacional. O percurso de Portugal no EURO 2000 não podia ter sido mais emocionante.
Há que recuar a 9 de Outubro de 1999 para recordar a primeira grande alegria. Nesse dia Portugal necessitava de vencer a Hungria por 3-0 para garantir a qualificação como melhor segundo classificado de todos os 9 grupos de apuramento e foi isso mesmo que aconteceu. Mas nada se compararia ao que de tão bonito se viveu no mês de Junho de 2000 na Holanda.
A 12 de Junho, em Eindhoven, a estreia no EURO 2000 foi perante a Inglaterra. As coisas não podiam ter começado pior pois aos 18 minutos Portugal perdia por 0-2. Um susto que, para os mais velhos, fez recordar o que se passara em 1966 frente à Coreia do Norte, quando Portugal se encontrou a perder por 0-3. Mas se em 1966 a recuperação teve um protagonista - Eusébio e os seus quatro golos - desta vez foi toda a equipa a fazer as delícias dos portugueses. Luis Figo marcou o primeiro golo de Portugal (e foi eleito «Homem do Jogo» pelos peritos da UEFA), abrindo o caminho para os tentos de João Pinto e Nuno Gomes. Foi, seguramente, um dos mais brilhantes jogos de sempre da Selecção Nacional, dando o mote para o que seria um EURO 2000 quase de sonho. O próprio Eusébio reconheceu, após o jogo com a Inglaterra, que «este feito foi mais importante que o 5-3 frente à Coreia».
O adversário seguinte, a 17 de Junho, em Arnhem, foi a Roménia, que confirmou ser o mais complicado para o estilo de jogo português. Depois de um encontro muito tactico e equilibrado, foi preciso esperar pelo último minuto para Costinha fazer o golo do triunfo, que garantiu a passagem aos quartos-de-final e o primeiro lugar no Grupo A. Neste encontro Fernando Couto foi o galardoado com o prémio «Homem do Jogo».
O terceiro encontro, a 20 de Junho, em Roterdão, mostrou que a Selecção Nacional tinha 22 jogadores do mais alto nível. O Seleccionador Nacional, Humberto Coelho, utilizou apenas dois jogadores que alinharam de início nos encontros anteriores (Fernando Couto e Jorge Costa), dando oportunidade aos demais de mostrar o seu valor. E de que forma o fizeram! A Alemanha, que necessitava de vencer para alimentar esperanças de passar á fase seguinte, foi subjugada de forma clara e indiscutível. Sérgio Conceição foi o «Homem do Jogo» ao marcar o primeiro «hat-trick» do EURO 2000. Portugal concluiu, assim, o Grupo A com três vitórias, 7 golos marcados e 2 sofridos, afastando da prova «apenas» a Inglaterra e a Alemanha, detentora do título.
Nos quartos-de-final, Portugal defrontou a Turquia e à semelhança do que acontecera quatro anos antes, frente à República Checa, a pressão sobre a Selecção Nacional era grande. Depois da brilhante prestação nos encontros anteriores, quase se exigia a vitória portuguesa ante um adversário teoricamente de menor gabarito. No dia 24 de Junho, no ArenA de Amesterdão, Portugal voltou a mostrar classe e determinação para chegar à vitória, que foi mais complicada de conseguir do que o 2-0 final pode dar a entender. A Turquia nunca deixou de ser um adversário perigoso, mesmo quando passou a jogar com apenas 10 homens, por expulsão de Altay. Nuno Gomes e Vitor Baía foram dois dos protagonistas do jogo, o primeiro pelos dois golos da vitória, o segundo por ter defendido uma grande penalidade a segundos do intervalo marcada por Arif. Mas o «Homem do Jogo» para a UEFA voltou a ser Luis Figo, que assim conseguiu o seu segundo troféu individual na prova.
Passada a barreira dos quartos-de-final, Portugal encontrava-se entre as quatro melhores selecções do EURO 2000, por inteiro mérito e colhendo os elogios gerais. O adversário das meias-finais era a França, campeã do Mundo em título, que apresentava uma equipa considerada ainda mais forte que aquela que vencera o Brasil dois anos antes. O jogo disputou-se a 28 de Junho, em Bruxelas, e acabou num autêntico pesadelo para Portugal. Nuno Gomes marcou o seu quarto golo da prova, após jogada de Sérgio Conceição, mas a sorte do jogo não acompanhou Portugal daí para a frente. A França empatou pouco depois do intervalo e no último minuto Abel Xavier viu o guardião gaulês negar-lhe o golo que daria o triunfo à Selecção Nacional. Depois, no prolongamento, aconteceu o episódio da grande penalidade assinalada pelo árbitro auxiliar por suposta «mão» de Abel Xavier. Zidane fez o «golo de ouro» que apurou a França e deixou Portugal às portas do seu maior feito de sempre no futebol internacional. Os incidentes registados com a equipa de arbitragem (e posteriores castigos aplicados a Abel Xavier, Nuno Gomes e Paulo Bento), não podem apagar a imagem deixada até então pela Selecção Nacional. No EURO 2000, Portugal foi uma Selecção ganhadora, que jogou um futebol de ataque, conquistou a admiração e o respeito do público europeu.
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