E.C. XV de Jaú

Em pé: Sabará, Pedro Paulo, Marola, Nilson Andrade, Donizete e Benazzi
Agachados: Frazão, Paulinho Jaú, Roberval Davino, Fernando Pirulito e Paulo Moisés

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Esquadrão do XV de Jaú que comandado pelo técnico Cilinho, venceu o São Paulo por 3 a 1, em 1978. Neste esquadrão do Galo da Comarca vemos o goleiro Marola com várias passagens por seleções amadoras e com passagem vitoriosa pelo Santos, O zagueiro Nilson Andrade que defendeu o Botafogo do Rio de Janeiro, Paulinho Jaú que começou nas categorias de base do Vasco da Gama e o hoje renomado treinador Roberval Davino.

Roberval Davino

Com passagens por mais de 30 clubes, Roberval Davino é um treinador conhecido em todo o Brasil. Porém, pouca gente sabe que ele foi um jogador audacioso e cheio de ginga. Defendeu oito equipes em mais de 20 anos de carreira, destacando-se no CRB, clube que o revelou, e no XV de Jaú nas temporadas de 1978 e 1979. Atuou ainda no CSA, Capelense, São Domingos e Ferroviário, todos de Alagoas, na Esportiva Araçatuba e no IEC, um time semi-amador do Japão. Alagoano de Maceió, Roberval Davino da Silva nasceu no dia 12 de agosto de 1954 e começou a jogar no juvenil do CRB, aos 15 anos de idade, como pontadireita. Em 1971, o técnico Martin Francisco atentou-se para a habilidade daquele franzino jogador e o promoveu para o profissional. A aposta deu resultado. Com ele em campo, o CRB foi bicampeão estadual (1972/73) e faturou o tri de 1976 a 1978.

O técnico Otacílio Pires de Camargo, Cilinho, estava montando o XV de Jaú para o Paulistão e o viuemação noempate de 2 a 2 entre CRB e Ponte Preta, emCampinas, no dia 7 de maio de 1978, pelo Campeonato Brasileiro. “Marquei os dois gols do CRB”, diz Roberval. Não deu outra. Dias depois foi contratado pelo clube jauense. Na época, o XV contava com o rápido ponteiro Frazão, que depois foi vendido ao São Paulo. Cilinho arrumou um jeito de colocar os doisemcampo, adaptando Roberval no meio-campo. Mesmo improvisado (depois firmou-se como armador), ele arrebentou na primeira temporada, encerrando o Paulistão como artilheiro do time quinzista com 12 gols. O XV completou o estadual com38 jogos, 13 vitórias, 10 empates e 15 derrotas, 30 gols marcados e 30 sofridos. Uma partida não sai de sua memória. Foi na goleada sobre o América por 4 a 2, no estádio Zezinho Magalhães. “Abri o marcador comumgol aos 12 segundos”, recorda.

No ano seguinte, a equipe de Jaú garantiu vaga no Campeonato Brasileiro da Série B e, novamente, Roberval teve um bom desempenho. No geral, ele disputou 44 jogos pelo Nacional entre 1973 e 1979, marcando nove gols, sete pelo CRB e dois pelo XV. Neste período, obteve 15 vitórias, 12 empates e sofreu 17 derrotas. Palmeiras, Ponte Preta e até o América de Rio Preto tentaram tirá-lo do time de Jaú, mas o presidente Valdemar Bauab rejeitou todas propostas. Em 1980, foi emprestado ao Araçatuba, que era comandadopelo técnico João Avelino e estava ameaçado de rebaixamento para a Terceira Divisão. “Conseguimos evitar a queda da AEA.” Retornou ao futebol alagoano para ser campeão, desta vez, pelo CSA, em 1981. Depois, seguiu para o Capelense e voltou a botar uma faixa no peitoem1983 ao ajudar oCRB a levantar o caneco do Estadual. Em Alagoas, também jogou pelo São Domingos e Ferroviário, de Maceió. Retornou ao CRB em 1988 e marcou seis gols no Brasileiro da Série C. Resolveu lançar se na política. Foi candidato a vereador de Maceió e ficoucomoterceiro suplente da sua coligação. Noano seguinte, quando o futebol japonês ainda engatinhava e os campos de lá nem grama tinham, recebeu convite para trabalhar na IEC, uma escola técnica profissionalizante da província de Kumamoto, que montou um time semi-amador. “Fui desbravar o futebol no Japão. Eu jogava e também era o treinador.” Ficou até 1992, quando decidiu retornar ao Brasil e dedicar-se exclusivamente à carreira de técnico.

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