quarta-feira, 29 de julho de 2009

Real Madrid C.F.

Em pé: Dominguez, Marquitos, Santamaria, Casado, Vidal e Pancho.
Agachados: Canário, Del Sol, Di Stéfano, Puskas e Gento.

Esquadrão do Real Madrid em 1958

Don Santiago Bernadeu, um ex-zagueiro, presidente e torcedor fanático do Real Madri, tinha quase tudo para montar um genial super time de futebol na Espanha, no final da década de 50: entusiasmo, conhecimento do esporte, pesetas a vontade e até um estádio com seu nome. Mas faltava um grande craque para comandar a equipe. Aí ele descobriu Di Stéfano. E surgiu o fantástico Real.

Entre 1953 e 1966, O Real Madri venceu nove dos treze campeonatos espanhóis que disputou, ficando como vice três vezes. Entre 1955 e 1966, chegou oito vezes a final da Copa Européia dos Campeões, um dos torneios mais importantes do mundo. Ganhou seis, sendo cinco consecutivos, e foi vice duas vezes. Em 1960 ganhou a Taça Continental, goleando o temível Penarol, base da seleção uruguaia. As maiores estrelas do mundo vestiram seu uniforme branco, a custa de milhões de pesetas. O Real Madri, era na época, o maior time da Europa de todos os tempos.

A história desses deuses de branco começou em 1947, quando o milionário espanhol Santiago Bernabeu, completando quatro anos como presidente do clube, inaugurou um estádio com seu nome e capacidade para 125.000 pessoas, no bairro de Chamartin. Começava a entrar em execução o sonhado plano de Bernabeu: transformar o Real Madri num superclube com um supertime. Na época, os grandes clubes da Espanha eram o Barcelona de Kubala e o Atlético de Bilbáo de Gainza. E para começar a dar impulso a seu time, Berrnabeu precisava antes de mais nada, de um gênio. Uma estrela capaz de conduzi-lo a glória. Inteligente e astuto, espalhou olheiros por todas as partes do mundo, tentando descobrir o salvador.

Mas, por ironia do destino, foi em Madri mesmo, diante de seus olhos, em 1952, que apareceu, como num sonho, aquilo que ele tanto sonhava. Em seu grande estádio, o Real enfrentava o poderoso Milionários da Colômbia, o melhor time da América do Sul naquela época, com sua legião de jogadores estrangeiros, os chamados fora da lei. O Milionários venceram o Real Madri por duas vezes. Bernabeu apontou dois jogadores
que seriam os condutores do Real: Di Stéfano e Nestor Rossi. Rossi não quis sair de Bogotá. Di Stéfano concordava em jogar no Real. Mas, houve alguns problemas. O River Plate, verdadeiro dono do passe do craque criava caso para sua venda. O Milionários, que tinha invertido muito dinheiro para levar Di Stéfano para a Liga Pirata, chiava. Ainda por cima, o Barcelona também queria o atacante argentino. Somente um ano depois, é que o Real conseguiu o passe de Di Stéfano que estreava no clube no dia 23 de setembro de 1953. Para reforçar mais ainda o seu plantel, Bernabeu foi buscar no Real Santander o jovem Gento, que mais tarde se consagraria como o maior ponta esquerda do mundo.

O começo foi bom. O Real ganhou o campeonato da temporada 1953/54 e Di Stéfano foi o artilheiro do certame com 29 gols. Apesar de não ganhar a temporada seguinte, Di Stéfano foi novamente artilheiro do campeonato com 24 gols. Em 1956 chegou o francês Kopa. Depois contratou o ex -“manager” do Honved, Emil Osterreicher, que trouxe com ele o famoso craque húngaro Puskas. Puskas era outro velho sonho de Bernabeu, mas ele teve que cumprir dois anos de suspensão por ter abandonado o Honved sem autorização de seu país. Ainda vieram o goleiro argentino Domingues, e o zagueiro uruguaio Santamaria. E o Real continuava ganhando títulos e encantando o mundo. No Brasil, o Real levou Didi do Botafogo, Fleitas Solich do Flamengo e Canário do América. Os dois primeiro não renderam o que o presidente esperava. Por isso, demoraram pouco tempo em Madri. Canário se adaptou muito bem e formou com Kopa. Di Stéfano. Puskas e Gento, o melhor ataque na história do Real Madri.

A partir de 1965, o Real Madri começou a decair. Santiago Bernabeu deu passe livre a Di Stéfano. No mesmo ano, a Federação Espanhola proibiu a contratação de estrangeiros. No ano seguinte, Santamaria e Puskas abandonaram os gramados enfraquecendo mais ainda o Real Madri que se tornava cada vez mais difícil se manter como nos velhos tempos. Nas páginas da história do futebol, o Real Madri teve um passado de glórias que foi espalhadas pelo mundo.

Fonte: http://forum.hardmob.com.br/showthread.php?t=293865

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