quinta-feira, 16 de abril de 2009

Deportivo Toluca F.C.

Em pé: Cardenas, Rigoberto, Gasserres, Hector, Valdez e Vicky Strada
Agachados: Gordunho, Lopez, Eugui e Medina. O ponta-direita Ramón (primeiro agachado à esquerda) ficou fora da foto.
Crédito: http://www.diarioweb.com.br/

Esquadrão do Toluca do México no qual Valdez disputou um campeonato mexicano entre janeiro e setembro de 1978

Valdevino Cardoso de Souza, o Valdez, foi um ponta-esquerda hábil e veloz, que entortava os laterais, levava a galera ao delírio e tinha tudo para ser um dos jogadores mais brilhantes da posição. Começou a carreira no Rio Preto, disputou o Paulistão de 1977 pelo Guarani, jogou no Toluca, do México, teve uma curta passagem pela Portuguesa e encerrou a carreira precocemente, aos 27 anos, em razão de uma grave contusão na perna esquerda. Nascido em 15 de agosto de 1953, em Rio Preto, Valdez foi levado para as categorias de base do Jacaré pelo professor Roberto Choeiri, treinador da equipe que conquistou o título do Amador da cidade. Alguns garotos foram promovidos ao profissional para completar o elenco. “Começamos com o Carlos Alberto Silva, depois veio o Rubens Minelli e por fim, ficamos sob o comando do Jacintho Angelone”, recorda.

Na conquista do Grupo B do Torneio de Seleções de 1973, quando o Verdão subiu para o Paulistinha, Valdez apenas participava dos coletivos. No início de 1974, Minelli foi para o Inter-RS, Angelone assumiu e o escalou na antepenúltima rodada, no empate de 2 a 2 com a Ponte Preta, no Riopretão. “Entrei meio perdido. Era outra dimensão.” Depois de levar algumas broncas dos mais velhos, como Pádua, Tino e Pitanga, Valdez acordou no jogo e teve uma boa atuação. Firmou-se entre os titulares e permaneceu no Jacaré até o final de 1976.

No início do ano seguinte, passou num teste no Guarani e foi contratado por empréstimo de um ano. Começou o Paulistão na reserva. O lendário Ziza, titular da posição, machucou-se e o técnico Paulo Emílio não teve dúvidas. Escalou Valdez na partida contra o XV de Piracicaba, no Brinco de Ouro, no dia 23 de março de 1977. O Bugre venceu por 3 a 1, com um dos gols de Valdez. No domingo seguinte, dia 27, o Guarani ganhou de 3 a 0 do Corinthians, no Pacaembu, e Valdez novamente arrebentou. O lateral Zé Maria não achou o ponteiro bugrino. Foi a estreia de Palhinha no Timão. O resultado provocou a demissão do técnico Duque e a diretoria do Alvinegro contratou Oswaldo Brandão para sucedê-lo.

Comparado a Nei, do Palmeiras, e Edu, do Santos, Valdez voltou a marcar na vitória de 2 a 1 sobre o Noroeste e fez outro nos 2 a 2 com a Portuguesa. Neste jogo, aliás, Ziza já estava recuperado e ficou na reserva. Com o bom desempenho de Valdez, a direção do clube campineiro liberou o ponta-direita Flecha para o Juventude-RS e Ziza foi deslocado para a direita. “Eu nem pensava em chegar ao futebol profissional. E barrar dois caras famosos foi sensacional”, afirma.

Valdez estava numa fase tão boa que foi eleito o melhor ponta-esquerda do primeiro turno do Paulistão. A seleção ficou assim constituída: Toinho (São Paulo); Wilson Campos (Botafogo), Amaral (Guarani), Zé Eduardo (Corinthians) e Mineiro (Botafogo); Teodoro (São Paulo) e Ailton Lira (Santos); Edu (Palmeiras), Sócrates (Botafogo), Enéas (Portuguesa) e Valdez (Guarani). O Bugre ia comprá-lo e tinha até 1º de julho para depositar Cr$ 300 mil na conta do Rio Preto. A diretoria campineira perdeu o prazo e tentou concretizar o negócio no dia seguinte, porém, cartolas rio-pretenses exigiram Cr$ 500 mil. Não houve acordo e em dezembro de 1977 Valdez voltou ao Jacaré.

Fonte: http://www.diarioweb.com.br/

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